Tipos de Análise Ergonômica: Entenda as Diferenças e Aplicações
- Murilo Sproccati
- 23 de mai.
- 2 min de leitura
A ergonomia tem um papel essencial na promoção da saúde, segurança e produtividade no ambiente de trabalho. Para aplicar melhorias de forma eficaz, é fundamental conhecer os tipos de análise ergonômica disponíveis e quando utilizar cada um. Neste artigo, explicamos os principais métodos de avaliação e como eles se aplicam na prática.
1. Análise Ergonômica do Trabalho (AET)
A AET, desenvolvida no contexto da ergonomia francesa, é uma abordagem detalhada e qualitativa. Ela investiga a atividade real do trabalhador, considerando aspectos físicos, cognitivos e organizacionais.
Características:
Baseada em observação direta e entrevistas.
Foca na diferença entre o trabalho prescrito (teórico) e o trabalho real (executado).
Muito utilizada no Brasil, especialmente em conformidade com a NR-17.
Aplicações:
Prevenção de doenças ocupacionais.
Adequação de postos de trabalho.
Projetos de melhoria contínua.
2. Análise Ergonômica Quantitativa
Esse tipo de análise utiliza ferramentas objetivas e métodos numéricos para medir riscos ergonômicos.
Exemplos de ferramentas:
RULA (Rapid Upper Limb Assessment)
REBA (Rapid Entire Body Assessment)
OWAS (Ovako Working Posture Analysis System)
Aplicações:
Avaliação rápida de riscos biomecânicos.
Priorizar intervenções em postos críticos.
Comparar diferentes postos ou tarefas.
3. Análise Ergonômica Organizacional
Vai além do posto de trabalho individual e foca na estrutura da empresa como um todo, investigando cultura organizacional, processos de gestão, carga mental e fluxos de trabalho.
Aplicações:
Redesenho de processos organizacionais.
Gestão de mudanças.
Programas de qualidade de vida no trabalho (QVT).
4. Análise Ergonômica Cognitiva
Foca nos processos mentais do trabalhador, como atenção, memória, tomada de decisão e carga cognitiva.
Aplicações:
Projetos de interface homem-máquina.
Ambientes com alta demanda cognitiva (como controladores de tráfego aéreo, operadores de centrais de emergência).
Prevenção de erros humanos.
5. Análise Ergonômica Participativa
Essa abordagem envolve ativamente os trabalhadores na identificação de problemas e na busca por soluções, promovendo um ambiente mais colaborativo e eficaz.
Aplicações:
Projetos de ergonomia participativa.
Intervenções sustentáveis com envolvimento direto da equipe.
Promoção do engajamento e senso de pertencimento.
Conclusão
Cada tipo de análise ergonômica tem seu valor e aplicação específica. Em muitos casos, uma abordagem combinada traz os melhores resultados, permitindo um diagnóstico mais completo e intervenções mais eficazes. Avaliar corretamente o contexto e os objetivos da empresa é o primeiro passo para escolher o método mais adequado.






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